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HISTÓRIA DA IMIGRAÇÃO

O texto de História trata, em linhas gerais, da saída dos colonos de sua terra natal – Alemanha -, a sua viagem para Domingos Martins, no Estado do Espírito Santo, as dificuldades que encontraram e a formação do município.

A EMIGRAÇÃO

A emigração através da história, tem sido realizada de duas formas: forçada e voluntária.

A Emigração Forçada

A emigração forçada se deu com prisioneiros de guerra e com escravos, que eram capturados e levados à força para trabalharem em outros países ou regiões. No Brasil, nós tivemos 400 anos de escravidão e, por isso, temos a marca dos escravos em todas as partes da nossa sociedade.

A Emigração Voluntária

A emigração voluntária acontece espontaneamente, quando uma ou mais pessoas são levadas, por diversas circunstâncias, a emigrar para outra região ou para outro país.

Foi voluntariamente que ocorreu a emigração alemã para o Brasil.

O Novo Ciclo de Colonização.

Em 21 de agosto de 1822, José Bonifácio de Andrada e Silva, Ministro dos negócios Estrangeiros do Príncipe Regente D. Pedro I, destacou Jorge Antônio Schaeffer em missão especial à corte da Áustria e países germânicos, com a finalidade de iniciar um novo movimento imigratório para o Brasil, que deveria ser exclusivamente par o sul do país, conforme exigência do Governo Prussiano, pois os primeiros colonos alemães, que foram para a região do Mucuri, na Bahia, em 1816, não foram bem sucedidos por causa do clima quente e das doenças, como a febre amarela, por exemplo.

A imigração se processou de três modos: promovida pelo governo imperial, pelos governos provinciais e por empresas particulares, dando-se preferência aos colonos alemães. Desse movimento migratório, dentre muitas colônias fundadas no sul do Brasil, fundou-se, no Espírito Santo, a colônia alemã de Santa Isabel, a primeira do estado, em 1847.

Os Imigrantes de Santa Isabel

Os imigrantes que vieram para Santa Isabel, no Estado do Espírito Santo, em 1847, eram da região montanhosa do Hunsrück (Costa do Cachorro), na Prússia Renana, das cidades de Koblez, Lötzbeuren e Traben-Trarbach, em número de 163 pessoas: 39 famílias, dentre elas um rapaz solteiro, entre católicos e luteranos.

Em 1859, somaram-se aos primeiros colonos outros alemães, provenientes da região do Hesse do Reno, e, entre 1857 e 1873, ocorreu o fluxo de pomeranos para a região de Santa Leopoldina e Melgaço.

A colônia foi, portanto, ocupada por imigrantes europeus que vieram por tre direções diferentes: os alemães de Hunsrück chegaram do litoral, por Viana, subindo o rio Jucu até Cuité; os alemães pomeranos chegaram à colônia subindo o rio Santa Maria da Vitória, passando por Santa Leopoldina até Melgaço.

AS VIAGENS DOS COLONOS ALEMÃES

Os colonos tiveram muitas dificuldades até chegarem à colônia de Santa Isabel; nem tudo ocorreu conforme eles planejaram. O itinerário deles foi o seguinte: foram da Alemanha até Dúnquerque, na França; de lá, eles embarcaram para o Rio de Janeiro num veleiro, onde chegaram 70 dias  depois. Lá ficaram 60 dias num galpão passando muitas necessidades, inclusive fome.

Depois de muitas privações no Rio de Janeiro, sem que ninguém tomasse qualquer decisão e orientados por um alemão já residente naquela cidade, foram ao Imperador, que os enviou para Vitória do Espírito Santo, alegando que o clima era semelhante ao do sul do Brasil, para onde deveriam ir, mas as terras ainda não estavam demarcadas. Eles chegaram a Vitória, no dia 21/12/1846, no “Transporte Nacional EOLO”. Em Vitória, permaneceram alguns dias limpando e calçando a praça em frente ao atual palácio Anchieta.

Saindo de Vitória foram levados até Viana, uma colônia de açorianos católicos, fundada em 1812, de lá ele seguiram para Cuité.

Os homens foram a pé, abrindo picadas através da floresta, e as mulheres e crianças foram de canoa, pelo rio Jucu.

Os colonos desejavam tomar conta dos seus lotes de terra assim que chegassem, mas não foi possível, porque só a metade das terras estavam demarcadas e assim não haviam nem caminho, nem picada para que se pudesse passar através da mata e chegar até os lotes, que estavam completamente tomados pela floresta. Mas com muito trabalho tornaram o local habitável.

Pelo navio "Transporte Nacional EOLO"

Pelo vapor de guerra "URÂNIA"

Últimos Imigrantes da 1ª leva